Arqgen recebe aporte para expandir ‘ChatGPT’ da arquitetura

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A Arqgen – startup que usa inteligência artificial generativa para projetos de arquitetura – captou R$ 10 milhões para financiar a expansão de sua ferramenta, uma espécie de “ChatGPT” para o setor.

O dinheiro foi captado junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Na prática, o modelo desenvolvido pela Arqgen tenta diminuir o tempo gasto por profissionais na produção dos estudos de viabilidade de projetos.

Cofundador da startup, o arquiteto Thomas Takeuchi disse que a ferramenta utiliza uma base própria de dados para auxiliar na elaboração de desenhos técnicos de empreendimentos, que são apresentados às construtoras e incorporadoras.

A estimativa é de que o processo manual de produção de plantas consuma cerca de 60% do tempo dos profissionais, o que, com a ferramenta, pode ser revertido para o processo criativo e demais decisões estratégicas.

“A plataforma é capaz de entender as modificações e criar novas premissas de produtos. Ela consegue gerar modelos de apartamentos, por exemplo, e simular várias propostas em poucos minutos,” Takeuchi disse ao Metro Quadrado.

“Quando sobra tempo para o arquiteto usar a criatividade é quando ele consegue brilhar no projeto.”

Com o aporte, a startup deve investir principalmente no desenvolvimento de uma pesquisa para a aplicação de grandes modelos de linguagem (LLMs).

Thomas Takeuchi ok

Como contrapartida do financiamento da Finep, o projeto será realizado em parceria com a USP e a Unicamp.

No hall de prospects da Arqgen estão, majoritariamente, gigantes da construção civil, como construtoras e incorporadoras focadas em empreendimentos populares.

A construtech já atende clientes como Cury Construtora, Direcional Engenharia, Plano & Plano e Ribeiro Caram.

Anteriormente, a startup realizou uma rodada de R$ 6,6 milhões, que possibilitou escalar o negócio e vender o serviço a outras empresas. “O foco da primeira rodada era transformar o negócio em um produto,” disse o fundador.

Ainda que a estratégia da companhia não esteja focada em escritórios de arquitetura de pequeno porte, Thomas disse que esse público é um cliente em potencial, diante da necessidade de otimizar processos e reduzir o tempo de entrega de projetos que se convertem em negócios fechados.

O fundador disse também que até o fim do ano pode haver uma nova rodada de captação no mercado para viabilizar as próximas fases de expansão do negócio.

Depois de entrar no segmento de habitação popular, a startup espera conquistar uma fatia dos segmentos empresariais e industriais, como lajes corporativas e galpões logísticos, entre outros. “Queremos ir além do residencial,” disse.

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