Com lucro em alta, Cyrela quer mais market share

Com lucro em alta, Cyrela quer mais market share
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Com um lucro líquido de R$ 328 milhões, a Cyrela encerrou o primeiro trimestre avançando em quase todas as frentes do negócio.

Ante o 1T24, o resultado representa um crescimento de 23%. A receita líquida, que ficou em R$ 1,9 bilhão, também subiu 24% na mesma base de comparação.

Na frente operacional, a performance também foi positiva. O Valor Geral de Vendas (VGV) lançado saltou 186%, para R$ 4,8 bilhões — a incorporadora de Elie Horn lançou 18 empreendimentos no período.

Para os próximos trimestres, a Cyrela estuda acelerar ainda mais os lançamentos, para seguir avançando em market share. O ritmo, porém, depende de fatores como as condições de mercado, a aceitação dos produtos e as aprovações.

“Se der tudo certo, o ritmo de lançamentos pode subir,” disse o CFO Miguel Mickelberg.

No ano passado, enquanto o volume de lançamentos do mercado de São Paulo ficou flat na comparação com 2023, a Cyrela cresceu cerca de 40% mesmo com o juro alto desafiando os segmento de média e alta renda.

“Conseguimos muitas vezes um custo de financiamento melhor do que os concorrentes.”

Mickelberg diz, no entanto, que para avançar em share a companhia precisa acertar nos projetos. E a estratégia é seguir focada em São Paulo e Rio de Janeiro, que hoje concentram 90% da operação da incorporadora.

“Não temos apetite atualmente para expansão geográfica, vamos continuar forte nessas duas cidades e imagino que, se você olhar cinco anos para a frente, é muito provável que elas continuem sendo 90% ou mais do que fazemos.”

No primeiro trimestre, a margem bruta total foi de 32,5%, 1,1 ponto percentual acima da reportada no 1T24.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado foi de 20,5%, um avanço em relação aos 14,5% registrados no ano anterior.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 59 milhões e superou em mais de quatro vezes os R$ 13 milhões do primeiro trimestre do ano passado.

Segundo a Cyrela, o indicador foi impulsionado pelo aumento da receita financeira, especialmente nas operações da CashMe. A fintech de crédito do grupo contribuiu com a maior parte da cifra, ou R$ 58 milhões.

De acordo com o CFO, a carteira tem crescido, mas o número expressivo também é explicado pela ausência de emissões de dívida no trimestre, o que reduziu os custos, e o IPCA elevado no período.

Já o caixa, por outro lado, recuou e ficou em R$ 71 milhões, contra uma geração de R$ 130 milhões no 1T24.

O CFO afirma que o resultado está dentro do previsto pela companhia, que espera gerar de R$ 300 a R$ 500 milhões neste ano.

“O nosso setor tem muita volatilidade de caixa, mas continuamos imaginando que teremos geração neste ano. Não estou dando nenhuma antecipação, mas é possível que no próximo tri, por exemplo, queime caixa e no outro gere bastante.”

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