O rali de Cury e Direcional ainda não acabou, diz o Itaú BBA

O Itaú BBA acredita que a Cury e Direcional ainda estão sendo subestimadas pelo mercado.
Embora as ações das duas acumulem altas relevantes no ano, o banco avalia que os papéis têm potencial para seguir avançando em 12 meses mesmo em um cenário conservador.
O BBA calcula que as duas incorporadoras voltadas para a baixa renda estão sendo negociadas a um P/E de 7,0x a 7,5x, em linha com a média histórica de ambas, mas ignorando os atuais níveis de lucratividade.
As empresas têm operado com um ROE de 30% a 70%, contra uma média histórica de 12%.
Depois de terem revisitado o valuation das duas empresas em quatro metodologias diferentes, eles estimam que as ações poderiam estar negociando em torno de 10,0x P/E.
“Dados os fundamentos mais fortes do setor hoje, acreditamos que as ações merecem um prêmio em relação à média histórica,” escrevem os analistas do BBA.
A Cury acumula alta de 50% no ano, enquanto a Direcional sobe quase 24%.
O BBA estima preço-alvo de R$ 39 para Cury – um potencial de 49% ante o fechamento de hoje – e de R$ 44 para a Direcional – um upside de 34%.
“Apertem os cintos, pois o rali pode não ter acabado,” disseram os analistas, que avaliam que as duas companhias são as que apresentam a maior assimetria entre as ações cobertas de real estate.
Os analistas também rejeitam uma tese que circula no mercado de que Cury e Direcional dependem excessivamente dos subsídios do governo federal para habitações populares.
Eles argumentam que o Minha Casa Minha Vida já se consolidou como uma política permanente de estado com uma expansão orçamentária consistente e sem correlação com a taxa Selic, o que minimiza riscos relacionados a uma dependência.