Alberto Safra compra terreno na Rebouças para nova sede do ASA

Alberto Safra compra terreno na Rebouças para nova sede do ASA
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Alberto Safra acaba de comprar um terreno de 8 mil metros quadrados na Av. Rebouças para erguer uma torre corporativa que será a nova sede do ASA – e também terá espaço para alugar escritórios a outras empresas.

A maior parte da área – cerca de 6,5 mil me² – pertencia à One Innovation, uma incorporadora focada em apartamentos compactos que tinha planos de construir ali um residencial de alto padrão com unidades maiores, de 300 a 450 m².

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A One – de Milton Goldfarb e Paulo Petrin, e que tem o GIC como acionista – comprou cerca de 30 casas nos últimos três anos para montar o terreno, mas ao longo do tempo o carrego foi deixando as projeções de retorno mais apertadas, dado que o projeto envolve uma permuta financeira a taxas altas.

“Mesmo que o empreendimento fosse lançado hoje e tivesse sucesso nas vendas – o que a One faz super bem –, o resultado seria bem aquém,” disse uma fonte do mercado que conhece o projeto, que seria lançado em 2026 com VGV estimado de R$ 2 bilhões.

O restante do terreno foi comprado pelo ASA de outros proprietários no entorno. O valor das transações não foi revelado, mas o Metro Quadrado apurou com fontes do mercado que as negociações naquela área estão girando entre R$ 50 mil/m² e R$ 55 mil/m².

A instituição financeira de Alberto Safra está hoje dividida em São Paulo em dois prédios comerciais, ambos na Alameda Santos, perto da sede do Banco Safra, da sua família, na Av. Paulista.

O ASA estava procurando um terreno há dois anos e escolheu uma região que tem atraído grandes empresas, como Amazon e Netflix, que já não encontram espaço suficiente na Av. Faria Lima.

“A região vem se consolidando como um novo eixo de negócios, absorvendo a demanda crescente oriunda da Faria Lima e da Paulista, com valorização contínua dos imóveis de altíssimo padrão,” Daniel Cherman, o head de investimentos imobiliários do ASA, disse ao Metro Quadrado.

O terreno comprado fica do lado Pinheiros da Rebouças, onde o zoneamento prevê potencial construtivo de até quatro vezes.

O plano da instituição financeira é levantar uma torre de cerca de 200 metros de altura – que seria uma das mais altas da cidade – com 80 mil m² de área construída.

A ideia de rentabilizar parte do imóvel com a locação para terceiros faz parte da estratégia da instituição de diversificar seu portfólio imobiliário com ativos truly special, nas melhores localizações de grandes cidades.

Segundo dados da consultoria Newmark, o último registro de preço pedido para aluguel na Rebouças foi de R$ 169,15/m², uma alta de 19% em relação ao que se praticava no início de 2023.

A região da Rebouças tem apresentado uma absorção líquida de 5,3 mil m² por trimestre desde o início de 2023, representando metade da média da macrorregião de Pinheiros.

A vacância hoje é zero, e há apenas 10,3 mil m² de novo estoque em construção, além de outros 30 mil m² ainda em fase de projeto, sem considerar a nova torre que o ASA pretende erguer.

“Um projeto comercial na Rebouças potencializa mais o investimento do que um residencial, e para o comercial a demanda já está posta,” Mariana Hanania, a head de inteligência e pesquisa de mercado da Newmark, disse ao Metro Quadrado.

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