Cacau Show abocanha mais um terreno em Itapevi

Cacau Show abocanha mais um terreno em Itapevi
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O apetite de Alê Costa para o real estate está insaciável.

O fundador da Cacau Show acaba de fechar a compra de um novo terreno em Itapevi – a cidade que já abriga a fábrica, um centro de distribuição e uma megaloja da empresa – pouco depois de adquirir uma outra área no município para ampliar o seu CD.

O empresário desembolsou R$ 138 milhões por um espaço de 550 mil metros quadrados (ou R$ 250 por m²), à beira da Rodovia Castelo Branco, uma fonte disse ao Metro Quadrado.

Ale Costa ok

A propriedade fica próxima à Mega Loja da Cacau Show e das obras do novo – e maior – CD da companhia, que está em construção no quilômetro 36 da SP-280, em um investimento de R$ 320 milhões.

A propriedade, herdada pelo empresário Gilson Leite de Araújo, foi colocada à venda para ajudá-lo a arcar com dívidas antigas.

O terreno já havia sido anunciado em fóruns de venda e até nas redes sociais, mas sem sucesso.

Depois, foi oferecido a empresários da região, o que despertou o interesse do dono da Cacau Show.

O valor acertado envolve um desconto de 60% em relação ao que o proprietário pediu inicialmente.

A sua pedida era de algo entre R$ 500 e R$ 700 por m² – ou R$ 330 milhões no ponto médio – valores sugeridos por uma empresa contratada por ele, que levou em contato atrativos como a proximidade às principais rodovias de acesso à capital, a escassez de produtos desse tipo no entorno e o potencial de uso da área.

O terreno, além disso, não possui espaços de preservação permanente nem reserva legal obrigatória, e é listado como área industrial pelo zoneamento municipal.

A estimativa, porém, estava bem acima de outros valores negociados na região.

Dados da Erea Galpões apontam que, na região da Rodovia Castelo Branco, os terrenos variam de R$ 130 a R$ 300 por m², no caso de glebas médias de 100 mil m².

Na análise da consultoria, esses valores levam em consideração a taxa de aproveitamento médio dos terrenos — de 25% a 30% da área total — e as restrições logísticas à circulação de cargas no local.

“Essa região está sujeita a restrições para circulação de carretas e caminhões, o que penaliza bastante as operações logísticas,” diz o diretor de investimentos da Erea Galpões, Rafael Vassalo.

Em seu acordo, a Cacau acertou o pagamento inicial de R$ 70 milhões e o restante em parcelas.

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