Cacau Show começa as obras de seu maior CD – um ‘puxadinho’ de R$ 320 mi

Cacau Show começa as obras de seu maior CD – um ‘puxadinho’ de R$ 320 mi
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A Cacau Show está construindo um “puxadinho” ao lado da sua fábrica e da flagship da marca, na rodovia Castello Branco, em Itapevi. O projeto vai abrigar o seu maior centro de distribuição no Brasil.

A empresa de Alê Costa está investindo R$ 320 milhões no projeto. Só o terreno exigiu um desembolso de R$ 70 milhões, depois de dois anos de negociação com o antigo dono.

Com inauguração prevista para outubro deste ano, o projeto terá 100 mil metros de área construída. A parte estrutural dos galpões está sendo feita pela construtora Premodisa, especializada em pré-moldados.

“Esse é um processo de consolidação da nossa malha logística,” Alê disse ao Metro Quadrado. “Nós vamos juntar toda a carga no novo CD e distribuir para as nossas operações do Brasil inteiro.”

Ale Costa ok

A companhia já contava com um CD menor ao lado da fábrica em Itapevi, que foi ampliado recentemente, mas já não tinha mais espaço para crescer.

Além das operações em São Paulo, a empresa tem uma segunda fábrica, com CD próprio, instalada em Linhares, no Espírito Santo. 

Enquanto o novo polo logístico não é inaugurado, a Cacau Show está alugando um espaço do CD das Lojas Americanas, também em Itapevi, para escoar sua produção para a próxima Páscoa, a época mais importante do ano para a companhia.

A opção por construir um novo CD, em vez de virar inquilina em um galpão já existente, é oportuna porque a empresa tem um ganho operacional por estar ao lado da fábrica.

Além disso, os preços de locação de galpões nas áreas mais demandadas perto de São Paulo andam elevados, como resultado de uma vacância baixa.

Em Guarulhos, já há galpões cobrando mais de R$ 40 pelo metro quadrado por mês – valores pressionados pela alta da Selic, já que os desenvolvedores repassam para o inquilino o aumento do custo do dinheiro.

Embora o investimento da Cacau Show também seja expressivo, a empresa consegue ter mais controle sobre a operação, garantindo que o seu CD terá a refrigeração necessária para seu produto em uma área com oferta de energia elétrica.

“E ao construir o próprio CD, no futuro, a Cacau Show ainda pode fazer depois um sale and leaseback, e ganhar com a valorização do ativo imobiliário,” disse a consultora Clarisse Etcheverry, CEO e fundadora da Erea Galpões. “As empresas começam a olhar para o investimento em real estate como parte do próprio negócio.”

Com o espaço de armazenamento que ganhará com o novo CD, a companhia espera triplicar o faturamento nos próximos anos.

Segundo Alê, a expansão projetada para o faturamento em 2025 é de R$ 5 bilhões. “O plano é chegar a R$ 15 bilhões com a ajuda desse novo centro,” ele disse.

Esta não é a única obra em andamento da Cacau Show. Em Itu, a empresa está construindo o Cacau Park, com investimento de mais de R$ 2 bilhões.

“Eu brinco que nós viramos uma ‘construtora de porte médio’,” disse. 

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