A taxa de vacância dos escritórios corporativos de alto padrão de São Paulo caiu mais uma vez no segundo trimestre e dessa vez a queda foi puxada pela região de Pinheiros.

Segundo dados da Cushman & Wakefield, a taxa recuou de 18,24% para 14,53% em um ano, o menor nível da série histórica da consultoria.

No total, a absorção líquida do mercado foi de 22,5 mil metros quadrados no trimestre.

A região de Pinheiros, que teve um início de ano negativo, virou o jogo e liderou a absorção líquida entre abril e junho, com 9,3 mil metros quadrados. 

Com a falta de espaço na Faria Lima e o encarecimento do m² na região, Pinheiros tem sido uma alternativa estratégica para empresas com muitos funcionários que buscam espaços maiores, como é o caso da Amazon e da Netflix. 

A vacância na Avenida Rebouças caiu de 11,2% para apenas 2% e, em Pinheiros, de 13,3% para 9,1%. 

Já a Faria Lima, apesar de ainda ser a área mais cobiçada pelas grandes empresas, teve uma absorção líquida negativa, de 3,3 mil m².

Entre outras regiões, também se destacaram positivamente a Berrini, com 7,9 mil m² de absorção líquida, e a Chucri Zaidan, com 5,3 mil m². 

Em termos de preços, a média da locação por m² subiu para R$ 146,13 por mês em São Paulo, uma alta de 4,9% no trimestre e de 21,6% em um ano.

A Faria Lima segue no topo, cobrando uma média de R$ 297,5 por m², mas o maior avanço veio da da JK, que aumentou 7,8%, chegando a R$ 275,70 por m².

Enquanto isso, a Marginal Pinheiros permanece como uma das regiões mais acessíveis, com o m² valendo R$ 84 por mês na média.

“A tendência é de que as empresas continuem ajustando seus espaços para modelos mais híbridos e eficientes, o que deve manter a demanda aquecida nos empreendimentos de alto padrão e pressionar ainda mais os ativos bem localizados,” disse Renato Almeida, head de escritórios da Cushman & Wakefield.