Log prepara novos galpões em seis capitais do Nordeste

A Log vai investir cerca de R$ 742 milhões para a construção de novos galpões em seis capitais do Nordeste.
A desenvolvedora entregará 238 mil metros quadrados de área bruta locável em quatro cidades até 2027, de olho na demanda crescente de galpões classe A na região, puxada principalmente pelos segmentos de ecommerce, farmacêutico e de alimentos e bebidas.
Dos novos galpões, quatro projetos já estão confirmados, em cidades nas quais a Log já atua — Recife, Fortaleza, João Pessoa e Maceió — e com investimento de R$ 540 milhões.
“O mercado está muito pujante e os clientes estão pagando por qualidade,” Sergio Fischer, o CEO da Log, disse ao Metro Quadrado.
Nenhum dos empreendimentos está pré-locado, mas a companhia acredita que deve atrair clientes quando as datas de entrega se aproximarem.
“São projetos que atendem a qualquer setor da economia, e historicamente entregamos os empreendimentos com taxa de ocupação acima de 90%.”
A companhia também deve construir seus primeiros galpões e fincar bandeira em outras duas capitais do Nordeste, São Luís e Teresina.
“Há dois anos que estudamos essas praças porque clientes nossos pedem para irmos para lá,” disse Fischer.
Em Teresina, o projeto está em fase de aprovação, e a expectativa é que a companhia receba o sinal verde nos próximos meses para tocar a obra — que terá 50 mil m² de ABL e um investimento de cerca de R$ 100 milhões.
O empreendimento em São Luís também está em fase de aprovação e exigirá outros R$ 100 milhões de investimento para a construção de uma ABL de 48 mil m².
Os galpões fazem parte da estratégia macro da companhia para entregar 2 milhões de m² até 2028. Desse total, cerca de 40% estão previstos para o Nordeste.
“Há cidades na região com alguns milhões de habitantes e um parque logístico muito carente, então vimos a chance de nos estabelecer dentro de áreas muito demandadas e vamos investir mais R$ 1,5 bilhão no Nordeste até 2028.”
Para sustentar esse crescimento, uma das principais estratégias da companhia é a reciclagem de capital.
A Log concluiu R$ 425 milhões em vendas no primeiro semestre.
O deal mais recente envolveu um ativo em Brasília, que rendeu R$ 163,7 milhões. O comprador é um fundo gerido por uma JV da Oaktree Capital e Huma Capital.
Segundo o CEO, a companhia negocia novas transações e pode fazer anúncios de “volumes relevantes” no terceiro ou quarto trimestres.