Mercado Livre reforma escritório para ampliar trabalho presencial

Mercado Livre reforma escritório para ampliar trabalho presencial
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A sede do Mercado Livre em Osasco vai passar por uma reforma para conseguir dar conta de uma maior frequência dos funcionários no escritório.

Operando em sistema híbrido desde o fim da pandemia, a empresa quer aumentar os dias de presencial, mas esbarra na resistência do time, que vê dificuldades relacionadas à infraestrutura e à falta de espaço.

O MELI decidiu então reformar algumas salas de reunião, que darão lugar a ambientes compartilhados com estações de trabalho, uma fonte a par do assunto disse ao Metro Quadrado.

A mudança também servirá para acomodar melhor a expansão da equipe.

A Melicidade, como o Mercado Livre chama sua sede em Osasco, tinha capacidade para receber cerca de 2 mil funcionários quando foi inaugurada em 2016.

Quase 10 anos depois, o número de colaboradores estaria próximo de 3 mil pessoas, segundo uma fonte ligada à companhia.

A reforma da empresa acompanha ainda uma tendência das grandes empresas de se adaptar a uma pressão crescente dos acionistas por um nível maior de produtividade e fortalecimento de cultura.

A Amazon, por exemplo, está se mudando para um escritório maior em São Paulo depois de a matriz americana decidir pela volta do regime presencial.

E o Nubank, conhecido por ter um dos modelos mais flexíveis do mercado, com apenas uma semana de presencial a cada dois ou três meses, está incentivando mais dias no escritório – o que reforça os planos por uma sede única e mais espaçosa.

O próprio Mercado Livre chegou a estudar um novo endereço em São Paulo, o que facilitaria a volta ao presencial dos funcionários que moram mais longe de Osasco, disse uma fonte da Faria Lima. Mas não há nenhum plano concreto para trocar de escritório.

Uma outra fonte considera difícil uma mudança no curtíssimo prazo, dado o investimento expressivo feito na sede, de R$ 105 milhões, o longo contrato de built-to-suit e os incentivos fiscais oferecidos por Osasco, além da localização considerada estratégica em relação aos demais polos logísticos do Meli.

Contudo, a proximidade das mudanças impostas pela Reforma Tributária — que passa a valer em 2030 e extinguirá esses mecanismos compensatórios dos municípios — podem dar fôlego à ideia de uma nova sede do Meli.

Antes de assinar o contrato do BTS em Osasco, a companhia avaliou terrenos na região da Vila Leopoldina.

O marketplace migrou para lá após anos operando em Alphaville, em Barueri;

O projeto original previa 140 salas de reunião, 11 salas de treinamento e um auditório para eventos com até 200 pessoas.

Com o avanço da companhia no País, os eventos ganharam tração e passaram a ser realizados no estádio do Pacaembu, que hoje leva o naming rights do Mercado Livre.

 

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