Os restaurantes em NY estão bombando. O mercado imobiliário agradece

Os nova-iorquinos têm ido mais a bares e restaurantes – e esse avanço tem ajudado a impulsionar o mercado imobiliário da cidade.
Depois de ser duramente atingido pela pandemia, o segmento está vivendo um boom, e esse tem sido um dos principais fatores por trás da redução da taxa de vacância dos espaços para o comércio, disse o The Wall Street Journal.
Segundo a Cushman & Wakefield, a taxa caiu para 12% no segundo trimestre deste ano – o menor patamar desde 2014 para Manhattan.
E ao longo da última década, os imóveis ocupados por bares e restaurantes representaram 35% do total locado na cidade, acima de qualquer outro nicho do varejo.
Além da demanda reprimida pela pandemia, uma das hipóteses do mercado para explicar o aumento do fluxo em bares e restaurantes está no fato de que os mais jovens estão demorando mais tempo para casar e ter filhos, o que os levam a sair mais à noite.
Outra explicação está na maior preocupação dos estabelecimentos em oferecer experiências gastronômicas instagramáveis, atraindo clientes que querem visitar lugares hypados para postar fotos.
Com a escassez de espaço para dar conta do aumento do público, a solução dos inquilinos têm sido pagar aluguéis mais caros por espaços maiores ou assumir custos de reformas para adaptar os imóveis.
O preço da locação ainda é 20% menor do que o praticado na pré-pandemia, mas a tendência é de que a recuperação continue.
De acordo com a National Restaurant Association, bares e restaurantes devem movimentar cerca de US$ 1,5 trilhão em 2025 – um salto de US$ 400 bilhões em relação ao ano anterior.
Steve Soutendijk, um vice-presidente da Cushman, disse ao WSJ que o setor também tem se beneficiado de uma maior resiliência em relação à competição online, já que é difícil para os concorrentes digitais bater de frente com as variadas experiências oferecidas por mais de 29 mil restaurantes da cidade.
“Eles são à prova de ecommerce,” disse.