Rio avança com a concessão das suas arenas olímpicas

Rio avança com a concessão das suas arenas olímpicas
|

A Prefeitura do Rio abriu o edital que vai repassar a gestão de três arenas do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, para operadores privados.

A concessão engloba a Arena Carioca 1, o Centro Olímpico de Tênis e o Velódromo, que abriga o Museu Olímpico.

O leilão ocorrerá no dia 10 de fevereiro de 2026. Quem vencer ficará responsável pela operação, manutenção e gestão dos espaços, com direito de explorar economicamente os equipamentos. O contrato terá duração de 20 anos.

Osmar Lima ok 1“O operador privado vai ter a liberdade de explorar as arenas da maneira que entender mais interessante, tirando o peso da Prefeitura de fazer a manutenção,” Osmar Lima, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio, disse ao Metro Quadrado.

Para o município, o ganho estimado é de R$ 520,9 milhões entre arrecadação e desonerações ao longo do contrato, incluindo uma outorga variável que começa em 3% sobre as receitas e pode subir a 25% se houver naming rights.

Desse montante, R$ 282,9 milhões correspondem à desoneração de custos que hoje são bancados pela Prefeitura. 

“Nós acreditamos, com bastante tranquilidade, que o valor projetado será alcançado,” ele disse.

Nos anos que se seguiram aos Jogos de 2016, várias áreas do complexo ganharam outras funções.

A antiga Via Olímpica – antes o espaço de circulação entre arenas – foi transformada no Parque Rita Lee, inaugurado em 2024, com 136 mil m² de área pública.

A Arena Carioca 2 ficou reservada para o futuro campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), e a Arena 3 foi adaptada para receber o Ginásio Experimental Olímpico (GEO), que terá aulas em tempo integral e foco na formação esportiva dos alunos.

Já a Arena do Futuro teve parte da estrutura reaproveitada para erguer quatro escolas públicas em diferentes bairros da Zona Oeste do Rio.

A concessão, portanto, mira o que restou sem uso consolidado e com manutenção custosa, permitindo que esses espaços sejam explorados também fora do esporte, assim como já acontece com a Farmasi Arena, que se tornou uma das principais locações para shows na cidade – onde também há uma escola da Rede Alfa.

“A ideia é que tenhamos um grande complexo de várias coisas acontecendo,” disse Osmar. “Queremos atrair investimentos para o Rio, ao mesmo tempo que mantemos o legado olímpico e devolvemos a função social a imóveis e terrenos pela cidade.”

Siga o Metro Quadrado no Instagram

Seguir