Um dos últimos casarões da Paulista está em busca de um inquilino

Um dos últimos casarões da Paulista está em busca de um inquilino
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Um casarão tradicional da Paulista está em busca de um novo inquilino.

Depois de abrigar um dos primeiros endereços do McDonald’s na capital, sediar o extinto Banco Real e, mais tarde, uma agência do Santander Select, o imóvel de número 709 está hoje vago e anunciado para locação.

Pela bagatela de R$ 360 mil mensais – somando aluguel e IPTU – é possível se tornar o próximo ocupante de um dos poucos casarões da Avenida Paulista ainda fora da lista de bens tombados pelo CONDEPHAAT, do governo estadual, e pelo CONPRESP, da Prefeitura de São Paulo.

Erguido entre a Alameda Joaquim Eugênio de Lima e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, o casarão ocupa um terreno de 1.105 m², com 1.046 m² de área construída em dois pavimentos.

“Ideal para uma flagship, sede de grandes empresas, clínicas, laboratórios, lojas de varejo ou um endereço institucional de primeiríssima linha,” diz o anúncio da imobiliária responsável pelo negócio.

O custo total por metro quadrado – incluindo aluguel e IPTU – é de R$ 325, valor 138% superior à média pedida por lajes corporativas de padrão triple A na região, hoje em torno de R$ 136, segundo dados da consultoria Binswanger.

De acordo com o projeto SPCity, que reúne histórias de imóveis tradicionais da capital, o casarão não tem data oficial de construção, mas estima-se que tenha sido erguido no início da década de 1930 – prestes, portanto, a completar um século.

A propriedade pertenceu à família Sadocco, sobrenome da elite paulistana ligado ao varejo e à importação de produtos.

Em 1987 foi alugada para o uso comercial e abrigou a segunda unidade do McDonald’s na Paulista.

Com a saída da rede de fast food, o imóvel permaneceu um tempo desocupado, mas voltou a ser locado em 2007 pelo Banco Real, em seguida transformado em Santander, após a aquisição feita pelo banco espanhol.

Registros indicam que o imóvel foi vendido por volta de 2007. Hoje integra o patrimônio da Holding Bras Prison Administração Ltda., da família Prison.

“Os proprietários têm essa empresa, que vive de comprar, vender e locar imóveis. Esse especificamente eles não têm a menor intenção de se desfazer,” disse uma fonte a par do tema ao Metro Quadrado.

A empresa, que atua na locação e administração de imóveis próprios, tem sob gestão cerca de R$ 328 milhões em ativos, segundo dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo.

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