Vendem-se ruas em São Paulo. Com o aval de Nunes

Vendem-se ruas em São Paulo. Com o aval de Nunes
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Em São Paulo, ruas antes públicas agora são ativos imobiliários. 

Com o mercado imobiliário pressionando por terrenos cada vez mais escassos, o prefeito Ricardo Nunes sancionou um projeto de lei que libera a venda de duas vias estreitas da cidade – uma boa notícia para incorporadoras como a Helbor, interessada em uma das ruas.

Ricardo Nunes okUma delas – a que interessa à Helbor – é a Travessa Engenheiro Antônio de Souza Barros Júnior, localizada entre a Rua Pamplona e a Alameda Lorena, no Jardins.

A via, avaliada em cerca de R$ 16,6 milhões, não tem função viária significativa e pode ser útil à Helbor porque a incorporadora estuda erguer um empreendimento de alto padrão no local.

Mas há um possível complicador para a empresa. Dois imóveis localizados na travessa foram inseridos em um decreto que delimita uma área de utilidade pública estadual para a construção da estação de metrô Nove de Julho, da linha Lilás. 

A segunda via liberada para venda é a Rua Aurora Dias de Carvalho, na Vila Olímpia, incluída no PL pelo vereador Sansão Pereira, do Republicanos. 

Colada à Avenida JK, a via é uma rua estreita e sem saída, espremida entre um prédio corporativo (o The City – JK) e o antigo Eataly, cujo terreno pertence à Caoa.

O vereador disse que propôs a inclusão da rua no projeto a pedido de um morador, que reclamou que a via fica muito escura à noite, e negou que tenha sido procurado pela Caoa ou outra empresa.

Até o momento, não há estimativa de preço ou interessados declarados para a rua.

Além destas duas vias, a Rua América Central, no bairro Santo Amaro, e a Rua Canoal, na Vila Andrade, também foram acrescentadas ao PL no meio de oito novas emendas, mas foram vetadas. 

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