Ainda falta apelo aos fundos de escritórios, diz o Itaú

O retorno das empresas ao modelo presencial está sendo insuficiente para impulsionar os preços dos fundos de escritórios.
Ainda que a Faria Lima esteja operando com vacância baixa e aluguéis altos, e outras regiões de São Paulo estejam se recuperando, os fundos continuam negociando com desconto elevado, num cenário de juros ainda restritivos, disse o Itaú BBA.
“O apelo entre os investidores segue baixo – os fundos de lajes não só permanecem como os FIIs com maiores desafios a serem sanados, como seus dividendos são em média os menores do Ifix,” o banco disse em relatório.
Entre todos os segmentos de fundos imobiliários, os de escritórios são os que exibem o menor P/VP do mercado, de 0,67, enquanto os de varejo apresentam a melhor proporção, de 0,98, notou o Itaú.
O banco avalia que, apesar de os fundamentos do setor viverem um bom momento, os portfólios dos fundos de escritórios seguem com altos índices de alavancagem e desafios operacionais em alguns casos.
Ao longo do ano, o setor de lajes corporativas apresentou uma queda no yield de 12,5% em janeiro para 11% em outubro.
“Sendo assim, os FIIs de lajes corporativas seguem como teses de ganho de capital,” disse o Itaú.
Apesar do cenário desafiador, o banco elevou a recomendação de um dos fundos de escritórios que cobre, o RCRB11, gerido pela Rio Bravo.
O banco notou que o fundo tem exposição a regiões nobres, como Paulista, Itaim Bibi e Vila Olímpia, ao mesmo tempo que tem exposição a regiões menos óbvias, como Berrini e Vila Madalena, e disse que a gestão fez um bom trabalho ao reduzir a vacância de 23,3% no início de 2023 para 0,8% no último trimestre deste ano.
“O fundo vem apresentando melhora nos seus indicadores, com aumento dos preços médios pedidos e em outubro anunciou a locação do último espaço vago do portfólio,” disse o Itaú.
Além do RCRB11, o Itaú recomenda a compra de outros cinco dos 13 FIIs que acompanha: KNRI11, PVBI11, RBRP11, TEPP11, TOPP11.







