CUB capta R$ 30 mi para aumentar o cardápio de funding imobiliário

CUB capta R$ 30 mi para aumentar o cardápio de funding imobiliário
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Entre as startups do mercado imobiliário, há uma corrida para resolver problemas de funding.

Num momento de capital escasso, com a Selic nas alturas e a poupança derretendo, a CUB levantou R$ 30 milhões para acelerar uma solução que promete ampliar as opções para incorporadoras e loteadores pequenos.

A rodada – a terceira desde a fundação em 2022 –  atraiu a Upload Ventures como novo investidor e levou a Alexia Ventures a fazer um novo aporte, depois de entrar na captação anterior, de 2024.

Com uma plataforma de gestão de recebíveis para incorporadores e loteadores, a CUB organiza e padroniza contratos de negócios imobiliários para torná-los mais atrativos a investidores institucionais – uma dor que o cofundador Leonardo Gasparin sentiu quando teve experiências em incorporação.

09 15 Leonardo Gasparin ok“Eu vivi na pele os problemas de fluxo de caixa e de cobrança. Foi ali que percebi que, sem padronização, o contrato imobiliário nunca seria visto como ativo financeiro,” ele disse ao Metro Quadrado.

Fundada por Gasparin e mais três empreendedores – Fábio Coutinho, Thais Matoszko e Lucas Zago – a empresa tem transacionado cerca de R$ 100 milhões por mês e espera chegar ao ritmo de R$ 1 bi até o fim do ano que vem, com a tese de que o mercado de capitais deve seguir tomando o espaço dos bancos no financiamento.

Hoje, o mercado de capitais já representa 43% do financiamento imobiliário, superando a poupança, com 31%, e o FGTS, com 26%, de acordo com a Abecip.

Com a captação, a startup vai expandir sua presença em quatro dos estados em que atua: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais – que são aqueles onde eles enxergam alto potencial de crescimento imobiliário.

Em Goiânia, a CUB já atende cinco das dez maiores incorporadoras.

A startup pretende multiplicar em dez vezes, até 2026, o número de projetos imobiliários – hoje em 400 – e de contratos assinados – de 77 mil.

Ao organizar e padronizar os contratos, a CUB busca dar mais transparência e eficiência operacional aos projetos, além de reduzir a inadimplência – um combo que facilita os recebíveis imobiliários serem aceitos como lastro no mercado de capitais.

A startup também vai expandir o seu braço de financiamento, a CUB Capital, com a criação de novos produtos e uma maior oferta a loteadores e incorporadores pequenos que ficam de fora dos fundings tradicionais. 

Além da Upload e da Alexia Ventures, a CUB tem entre seus investidores a Terracotta Ventures e a Graphene Ventures, e anjos como Patrick Sigrist e Guilherme Bonifácio, fundadores do iFood.

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