Quanto São Paulo deve absorver em escritórios até 2027

A cidade de São Paulo deve absorver mais 692 mil metros quadrados em escritórios até 2027, e produzir 643 mil m² de estoque no período, estima a RealtyCorp.
As projeções foram feita com base nas expectativas do mercado para o PIB nacional, depois de a consultoria ter notado que existe uma alta correlação entre a performance da economia do País e o mercado corporativo da capital paulistana.
“Quando olhamos para trás, vemos que ao longo do tempo elas se equiparam,” Marcos Alves, o CEO da RealtyCorp, disse ao Metro Quadrado.
Como a absorção e o estoque novo devem avançar em ritmo semelhante, as taxas de vacância dos bairros mais demandados mudarão pouco.
A área que engloba as avenidas Faria Lima e Paulista (chamada de macrorregião A), responsável por 40% do estoque de capital, deve manter uma vacância próxima de 11%, com os preços de locação subindo para R$ 145 par R$ 187 por m².
A região que abrange Berrini, Chucri Zaidan e Centro (a macrorregião B), que concentra quase metade do mercado paulistano, a vacância é de 18% e também deve seguir nesse patamar.
A previsão para os preços é de um aumento de R$ 69 para R$ 76 por m², com a chegada de mais empresas seguindo o flight to price.
Ainda assim, o CEO apontou que a região ainda tem um longo caminho até que os valores cheguem a patamares altos.
O restante da cidade, responsável por 13% do estoque da cidade, carrega o peso do excesso de oferta. A vacância gira em torno de 30%, e não há previsão de melhora, mesmo com uma queda de preços.
“Hoje, a região com Berrini, Chucri e Centro é a mais atrativa para quem sabe barganhar, porque alia valores competitivos a áreas estratégicas,” ele disse.