Riza faz JV com a Lucio para escritórios na Faria Lima

Riza faz JV com a Lucio para escritórios na Faria Lima
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A Riza Asset está entrando no segmento de lajes corporativas pelo principal mercado de escritórios do País: a Faria Lima.

A gestora anunciou a criação de uma joint venture com o Grupo Lucio — proprietário de ativos icônicos da região, como o Infinity Tower — para investir até R$ 500 milhões em projetos comerciais de alto padrão.

“Faz sentido trazer para os nossos cotistas projetos focados num segmento que, historicamente, é o mais resiliente do mercado de lajes corporativas,” Giancarlo Denapoli, sócio e responsável pelo núcleo de real estate da Riza, disse ao Metro Quadrado.

Para a Lucio, que desenvolveu 220 mil metros quadrados em corporativos até agora, a parceria é uma oportunidade para expandir ainda mais sua atuação em uma praça que considera a menos arriscada dentro de um mercado volátil.

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“Nosso portfólio tem zero vacância. A região se mostrou muito consolidada e com o maior aumento nominal de preço de aluguel do mercado,” Renan Lucio, o vice-presidente do Grupo Lucio, disse ao Metro Quadrado.

Segundo dados da CBRE, os preços da Faria Lima dispararam nos últimos anos. O valor de locação por metro quadrado já chega a R$ 350 em alguns casos na região dos Jardins, onde está localizada a avenida.

A primeira operação da joint venture contempla uma cesta de três projetos, alguns já com locatários.

O grupo entrará como coinvestidor, colocando capital proprietário nos empreendimentos em fatias ainda não definidas.

Já a Riza espera alocar os R$ 500 milhões previstos para a JV em uma janela de 18 a 30 meses, considerando o avanço de cada fase dos projetos.

Os recursos da gestora virão de capital próprio dos sócios e fundos sob gestão. A Riza também deve criar um novo veículo voltado ao público institucional, incluindo single e multi-family offices.

A criação da JV com a Lucio marca o terceiro movimento de expansão da asset no mercado de real estate nos últimos meses.

A Riza comprou em junho uma fatia de 10% da Riva, subsidiária da Direcional, e adquiriu participações em nove shoppings do fundo imobiliário XP Asset em agosto.

Com isso, o núcleo de real estate da asset deve fechar o ano próximo da marca dos R$ 3,5 bilhões sob gestão.

A holding que controla a gestora comprou também a Virgo, segunda maior securitizadora do Brasil, após o escândalo de desvio de recursos de clientes envolvendo um CRI.

“Sempre acreditamos em parcerias e pode ter mais coisa por vir. Mas preferimos colocar a bola no chão e consolidar as teses antes de pensar numa nova etapa,” disse Denapoli.

Já a Lucio deve finalizar o ano com R$ 2 bilhões em lançamentos, incluindo residenciais, e tem um pipeline de R$ 3,5 bilhões para 2026. Desse total, cerca de R$ 1 bilhão corresponde a projetos corporativos.

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