As mansões americanas construídas na Gilded Age — período do século 19 marcado por um boom econômico nos EUA e concentração de riqueza nas mãos dos banqueiros e magnatas do aço, petróleo e ferrovias — chamaram a atenção dos telespectadores que assistem à série de TV homônima.

Mas uma transação recente mostrou que até mesmo os imóveis da era  dourada podem encontrar dificuldades no mercado de Nova York.

Uma townhouse de cerca de 1486 m² desenhada por Stanford White — um dos arquitetos mais famosos do período — e localizada no Upper East Side foi vendida na semana passada.

Mas a venda só deslanchou três anos depois da propriedade entrar no mercado e o vendedor – que pedia US$ 80 milhões — deixar por US$ 50 milhões.

De acordo com o The Real Deal, o vendedor é uma LLC ligada a David Leuschen, um ex-executivo do Goldman Sachs.

A mansão de dez quartos, sete banheiros, cinco cozinhas e um elevador foi comprada por US$ 42 milhões em 2012 e depois reformada, segundo o boletim semanal da Olshan Realty.

Na listagem original, de julho de 2021, a LCC pedia US$ 80 milhões pela propriedade. Se tivesse saído pelo preço inicial, a casa levaria o título de townhouse mais cara da cidade de Nova York, superando uma mansão na East 67th Street vendida por US$ 77 milhões em 2019.

De lá para cá, porém, a propriedade ficou encalhada por mais de três anos e o vendedor foi obrigado a baixar o preço. O negócio foi fechado por US$ 49,9 milhões, e o nome do comprador não foi divulgado.

Apesar do desconto, este foi o maior entre os 41 contratos de imóveis de luxo assinados em Nova York na semana passada.

A segunda transação mais cara foi a de um apartamento no West Village de US$ 22 milhões. Mas ao contrário da mansão da era dourada o imóvel de 426 m² e com vista para o Hudson foi vendido acima do preço inicial, que era de US$ 20,5 milhões.