A Ornare – a rede brasileira de lojas de móveis planejados de luxo – está acelerando a sua expansão internacional.

Uma das poucas marcas nacionais a assinar branded residences (inclusive no Brasil), a companhia está preparando a sua chegada no ano que vem a Lisboa (um plano antigo) e em mais duas cidades americanas: Austin e Boston.

Com a expansão e a abertura de novas lojas, a meta da Ornare é elevar a participação internacional no faturamento de 35% para 50% nos próximos anos. 

Hoje, além de operar em 18 cidades brasileiras, a marca está espalhada por mais 10 endereços internacionais, incluindo Miami, Nova York, Milão e Dubai.

Em seguida, depois de expandir nas Américas e na Europa, o foco da empresa será a parte mais ao leste da Ásia, para além do Oriente Médio.

“Estamos indo de continente em continente,” o CEO Pitter Schattan disse ao Metro Quadrado. 

Além das vendas de mobiliário para residências no varejo, a empresa quer avançar em contratos de branded residences mundo afora.

Hoje a empresa tem uma atuação ainda tímida no segmento, com foco na execução integral do mobiliário externo e das unidades residenciais. 

No Brasil, a empresa já assinou o design dos prédios Next Itaim by Ornare e Signature Alphaville, em São Paulo; o Autoria by Ornare, em Goiás; e o Ilha Pura by Ornare, em parceria com o BTG. 

Lá fora, a companhia também assina os projetos do St. Regis Residences Sunny Isles Beach, em Miami, desenvolvido com o Château & Fortune Group.

Segundo o CEO, o avanço das lojas de móveis ajuda a fomentar a marca nos mercados, abrindo espaço para mais projetos de branded. 

O movimento de internacionalização ocorre às vésperas do aniversário de 40 anos da companhia fundada em São Paulo.

Criada pelo casal Murilo e Esther Schattan, os pais de Pitter, a primeira unidade da Ornare foi inaugurada em 1986 em Pinheiros.

Três anos depois, abriu a unidade na alameda Gabriel Monteiro da Silva, hoje conhecida como a “rua do design” da capital paulista.

A primeira incursão internacional da Ornare nasceu de forma menos planejada – quase como um “trabalho de faculdade”.

Em 2006, Esther – a então CEO da marca – foi procurada por Claudio Faria, um estudante de Relações Internacionais da USP, que propôs exportar os produtos da empresa.

“Ele bateu na porta de várias marcas, mas a Ornare foi a única que deu ouvido para ele. Assim surgiu essa primeira operação nos Estados Unidos,” disse o CEO.

Sucedendo os pais no comando da empresa, Pitter é quem hoje lidera esse movimento de expansão.

Depois de uma incursão no mercado imobiliário em 2017, ele assumiu uma posição na empresa da família e foi responsável pela abertura da unidade de Nova York. 

Por ora, para garantir a qualidade e o padrão, a produção segue centralizada no Brasil – mas a empresa não descarta terceirizar projetos com parceiros pelo mundo.

“Todos os nossos produtos são ‘Made in Cotia’, onde nós temos nosso polo fabril,” disse Pitter.