Que eleição que nada. Em 2026, o real estate só vai monitorar a Selic

Que eleição que nada. Em 2026, o real estate só vai monitorar a Selic
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As eleições compõem o pano de fundo de 2026, mas é a Selic que irá ditar o rumo do próximo ano para o mercado imobiliário.

Cláudio Carvalho, o CEO da incorporadora A/W Realty, diz que o setor está acostumado ao calendário eleitoral e aos ruídos de grandes eventos, como a Copa do Mundo — e que essas variáveis pouco interferem na dinâmica de lançamentos. 

11 26 Claudio Carvalho ok“A eleição é um fato que a gente tem que conviver. Eu não fico planejando se vou lançar antes ou depois da eleição,” ele disse hoje em evento da Abrainc. “Na última, nós lançamos um projeto no meio da eleição e foi super bem.”

Para ele, o mais importante é olhar para a Selic, que está em 15% desde junho e tem travado as vendas para as faixas de média e alta renda nos últimos anos.

O mercado espera que o Banco Central volte a reduzir a taxa no início do ano que vem, abrindo caminho para que a taxa recue para algo próximo de 12% até o fim de 2026.

Carvalho lembrou que o juro alto pressiona o custo de capital das incorporadoras, encarece o crédito e reduz a confiança necessária para novos projetos.

Já o início da redução amplia o universo de compradores que conseguem acessar financiamento.  Cada ponto percentual a menos pode levar quase 180 mil famílias ao mercado, segundo Renato Lomonaco, o diretor de assuntos econômicos da Abrainc.

“É bem importante que quando a Selic começar a cair, que seja uma queda consistente,” disse ele.

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