A Moura Dubeux reportou lucro líquido de R$ 118 milhões no tri, uma alta anual de 32%, e batendo mais uma vez o consenso (de R$ 111 milhões) – num período em que o ritmo de lançamentos seguiu forte.

Embalada pelo modelo de condomínio fechado, em que as obras são financiadas pelos compradores, a companhia encerrou o tri com R$ 1,3 bilhão em VGV líquido lançado, avanço de 22% no ano.

Nesse ritmo, a empresa já supera a projeção feita para o ano inteiro por bancos como o Itaú BBA, que estimava R$ 3,5 bilhões para 2025.

De janeiro a setembro, foram R$ 3,6 bilhões em lançamentos líquidos, quase o dobro dos R$ 2 bilhões alcançados no mesmo intervalo do ano passado.

“Há um novo patamar de R$ 4 bi em lançamentos por ano. Pelo nosso planejamento estratégico, o volume por trimestre pode ficar um pouco mais ou um pouco menos de R$ 1 bi,” Diogo Barral, o diretor de RI da Moura Dubeux, disse ao Metro Quadrado.

A empresa deve manter esse ritmo com o início da joint venture com a Direcional, voltada às Faixas 3 e 4 do Minha Casa Minha Vida, cujos primeiros projetos devem sair ainda este ano em Fortaleza, Recife e Natal. 

As vendas líquidas somaram R$ 1 bilhão no tri, aumento de 6,6% no ano. Já a velocidade de vendas caiu de 29,9% no segundo tri para 25,7% no terceiro.

O landbank, por sua vez, subiu para R$ 9,7 bilhões em VGV potencial, ante R$ 9,5 bilhões no trimestre anterior, distribuído em 56 terrenos, sendo 70% adquiridos por permuta.

O ROE permaneceu em 21%, enquanto a dívida líquida subiu 35% no trimestre e 284% em 12 meses, alcançando R$ 246 milhões. 

“É natural que, nesse momento de crescimento, haja consumo de caixa. Mesmo assim, a alavancagem segue em um nível saudável,” disse o diretor.

A alavancagem ficou em 13,6% do patrimônio líquido.

A margem bruta atingiu 41,3%, 12 pontos percentuais acima do segundo trimestre, impulsionada pelo modelo de condomínio fechado.

A Moura Dubeux também anunciou o pagamento de R$ 51 milhões em dividendos, equivalentes a R$ 0,60 por ação, e indicou que pretende seguir ampliando o retorno sobre o patrimônio nos próximos trimestres.