As incorporadoras do MCMV que dominam o interesse dos investidores no Rio

As incorporadoras do MCMV que dominam o interesse dos investidores no Rio
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As incorporadoras que atuam no segmento de baixa renda estão dominando o interesse dos investidores do Rio de Janeiro, disse o Itaú BBA depois de uma rodada de conversas na cidade. 

O segmento apareceu como a principal aposta entre as gestoras do Leblon, sustentado pelo funding estável do FGTS, pela acessibilidade do Minha Casa Minha Vida e pelo bom momento operacional das construtoras voltadas às faixas de entrada.

Cury, Direcional e Tenda formam hoje o trio mais procurado pelos investidores, com Tenda como o top pick do banco para o segmento.

A Cury e a Direcional negociam a 8,4x e 8,5x o lucro esperado para 2026, enquanto a Tenda aparece mais barata, a 5x, calcula o Itaú.

Na Bolsa, a Cury sobe 123% no ano, a Direcional avança 129% e Tenda acumula alta de 101%.

“De modo geral, percebemos otimismo em relação ao segmento, dado o forte momento de resultados e sua natureza defensiva independentemente do cenário macroeconômico,” escreveram os analistas do Itaú.

MRV e Plano&Plano também apareceram nas conversas, mas de forma mais pontual. A MRV sobe 62% no ano, enquanto a Plano&Plano acumula avanço de 81%.

“Do ponto de vista de posicionamento, a exposição está mais concentrada em Cury e Direcional. Ainda assim, os investidores ou já têm posição ou estão analisando ativamente Tenda, MRV e Plano&Plano,” disseram.

No recorte do médio/alto padrão, a Cyrela foi o nome mais citado pelos investidores do Rio. 

Apesar do cenário mais desafiador para o segmento, os investidores destacaram o ganho de tração operacional da companhia e o impacto crescente da Vivaz, a marca da Cyrela para o MCMV, nos números — um movimento que tem empurrado para cima o ROE, atualmente em 19,9%.

“Ao mesmo tempo, surgiram dúvidas sobre a sustentabilidade da performance dos projetos de alta renda e o valuation atual,” disseram.

A Cyrela negocia a 1,3x no múltiplo tangible book value.

No segmento, a EZTec também entrou no radar dos investidores, apoiada pela melhora operacional recente e por movimentos de monetização de balanço. 

Já a Moura Dubeux apareceu nas discussões como caso de “execução de alto nível no Nordeste”, com um novo vetor de crescimento dentro do MCMV – a joint venture com a Direcional, voltada às Faixas 3 e 4 do programa.

A Cyrela sobe 103% no ano, enquanto a EZTec avança 80% e a Moura Dubeux tem valorização de 170%.

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