Alto padrão depende de confiança na economia, diz CEO da Moura Dubeux
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Um dos segmentos mais resilientes do real estate, o mercado de alto e altíssimo padrão pode ter um desempenho melhor se houver um aumento da confiança do consumidor, avaliou o CEO da Moura Dubeux, Diego Villar.
O executivo participou do Real Estate Summit, no painel que debateu os gargalos para a expansão do segmento high-end fora do eixo Rio-São Paulo. “Para o alto padrão, o fator número um da tomada de decisão não está atrelado apenas à taxa de juro, mas à confiança na economia,” disse Villar.
Com o crescimento do mercado de alto padrão em regiões como o Nordeste e o Sul do País, investidores institucionais passam a olhar esses negócios com mais interesse, dado seu potencial de expansão em comparação a outras praças já saturadas, segundo o CEO da incorporadora Setai Grupo GP, André Pennazi. “Hoje a Faria Lima está no Nordeste também,” disse o executivo.
Mesmo com a demanda superando a oferta e a disponibilidade de funding, o alto padrão sofre com uma barreira comum a outros setores: a escassez de mão de obra.
Entre as possibilidades debatidas estão os processos de automatização dos canteiros de obra. Contudo, para o CEO da CFL Incorporadora, Luciano Bocorny, essa alternativa precisa ser bem elaborada, para que a modernização do processo não elimine os aspectos de personalização e exclusividade – primordiais para o alto padrão. “O alto padrão tem um desafio maior do que o Minha Casa Minha Vida para se industrializar, porque cada projeto é muito customizado,” disse.
O Real Estate Summit teve o patrocínio de MRV&CO, Gerdau, CFL, Moura Dubeux, Setai GP, Haute, Direcional Engenharia e Brasil Terrenos. (O vídeo completo do painel está no início da reportagem.)