Capitania compra prédio ocupado pelo Nubank, que renovou o contrato

A Capitania Investimentos vai pagar R$ 105 milhões pelo prédio que abriga o principal escritório do Nubank em São Paulo, na Av. Rebouças, apurou o Metro Quadrado.
O imóvel foi comprado da Engeform Desenvolvimento Imobiliário, que construiu o edifício e está fazendo uma reciclagem do seu portfólio de 15 ativos.
O imóvel foi erguido em 2016 e desde então é totalmente locado pelo Nubank, que acabou de renovar o contrato por mais cinco anos.
O prédio tem 7.738 metros quadrados de área e abriga o senior management do banco no País.
O ativo foi anunciado ao mercado no começo do ano e recebeu 12 propostas de bancos, fundos de investimento e family offices.
A venda do Módulo Rebouças acompanha o apetite do mercado pelo avenida, que se tornou o endereço cobiçado por companhias como Amazon, Netflix, ASA e Avenue, por exemplo.
Com o preço do metro quadrado de escritórios passando de R$ 400 na Faria Lima, as empresas têm buscado outros endereços para alocar suas operações. Dados da consultoria Buildings mostram que o m² na Faria Lima é até 164% mais caro do que a Rebouças, onde o m² é negociado a R$ 157.
Com a aquisição, a Capitania passa a ser a proprietária majoritária do imóvel, detendo 53,10% do ativo. O restante está diluído entre proprietários minoritários.
O pagamento será dividido em três parcelas: a primeira, paga na assinatura do contrato; a segunda, em troca de cotas do fundo; e a terceira, programada para 2027. O cap rate da transação foi de 8,5% para a Engeform.
Como monousuário, o Nubank tinha prioridade na compra, mas optou por não exercer o direito de preferência. “O Nubank foi enfático em dizer que não tem interesse na aquisição de ativos, apenas em locação,” disse uma fonte a par das negociações.
A renovação do contrato do Nubank foi fechada na última semana, logo após o anúncio do aumento da frequência dos trabalhadores ao escritório: o banco vai adotar duas vezes por semana em julho de 2026 e três vezes a partir de 2027.
O Nubank vai aumentar a frequência num esforço para elevar a produtividade do time, diminuindo o tempo de tomadas de decisão entre as camadas de hierarquia.
Também por isso, o banco fechou no mês passado a locação de um quarto escritório em São Paulo, o terceiro na mesma rua, a Capote Valente (o da Rebouças fica na esquina com a Capote), com 13 mil m² e capacidade para receber até 2 mil funcionários, num imóvel recém-entregue que pertence à incorporadora Idea!Zarvos e à gestora HSI, em um contrato de 10 anos.
No paralelo, o Nubank ainda sonha com o plano de construir uma sede única para reunir todos os funcionários, mas como se trata de um projeto que pode levar anos para ser desenvolvido, a saída para ampliar o presencial no curto prazo foi aumentar o número de escritórios.







