Dona da Tintas Coral avança com novo CD em Minas

O grupo holandês que controla a Tintas Coral está aumentando a sua presença no Brasil.
A AkzoNobel acabou de locar um CD em Minas Gerais para aumentar a eficiência logística da unidade de tintas decorativas, da qual faz parte a Coral, que briga pela liderança do mercado brasileiro com a Suvinil, vendida pela Basf à norte-americana Sherwin-Williams neste ano.
A empresa ainda não tinha um CD em Minas, um estado que considera promissor e que antes era atendido pela fábrica da companhia em Mauá, no interior de São Paulo, a quase 600 quilômetros de distância.
“Com o novo CD, reduzimos em 50% o tempo de entrega, o que traz um ganho importante não só no capital de giro dos clientes, mas também para evitar rupturas de abastecimento,” Guilherme Ruschel, o presidente da AkzoNobel no Brasil, disse ao Metro Quadrado.
Pelos cálculos da companhia, a área — que tem 4,1 mil metros quadrados e será tocado por um operador parceiro da companhia, a Corelog — deve atender a cerca de 70% dos clientes mineiros.
As regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul e Sudoeste do estado continuarão sendo abastecidas pela fábrica de Mauá, que é uma das maiores plantas da AkzoNobel no mundo.
A holandesa tem ainda uma fábrica da Coral no Recife que atende às regiões Norte e Nordeste e um CD em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, aberto no ano passado.
“À medida que montamos estudos de otimização logística e de análise de cadeia de abastecimento, podem surgir oportunidades em outros estados e estamos sempre abertos a recalcular,” disse Ruschel.
A companhia tem ainda plantas em São Bernardo do Campo, Santo André e São Roque, em São Paulo, que produzem para os mercados de repintura automotiva, tintas marítimas e em pó, respectivamente.
A multinacional de 230 anos é mais conhecida no País pelas tintas decorativas, e é responsável por cores icônicas como o vermelho dos pórticos do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e o laranja dos carros de corrida da McLaren.
“Na pintura do Masp, por exemplo, nosso time de marine & protective desenvolveu em laboratório uma solução que precisava ser fácil de lavar, pudesse minimamente evitar pichações e durasse mais de 20 anos.”
Já no trabalho com a McLaren, além do laranja-papaia que colore os carros da Fórmula 1, a divisão global criou também um produto que é utilizado no motor para manter a temperatura e ajuda a evitar o superaquecimento.
A companhia também estreou recentemente no mercado nacional de impermeabilizantes de alto desempenho com a compra da Mactra no ano passado. A marca foi incorporada à Coral.
“Foi a forma que encontramos para entrar de forma relevante no segmento e estamos sempre abertos a olhar outras oportunidades,” disse o presidente.
Listada na bolsa de Amsterdã, a AkzoNobel tem um market cap de 9,2 bilhões de euros e registrou uma receita de 2,5 bilhões de euros no terceiro trimestre.
A companhia anunciou recentemente uma fusão com a rival Axalta Coating para criar uma gigante global de US$ 25 bilhões de valor de mercado e US$ 17 bilhões de receita.
A companhia não abre os números do Brasil, mas diz que a América Latina representa 12% do faturamento total.







