Maracanã pode ser vendido para abater dívida bilionária do RJ

O Maracanã foi incluído na lista de imóveis que podem ser vendidos pelo governo do Rio de Janeiro.
O complexo do estádio — que inclui não só a arena mas toda a área do entorno, junto com a Aldeia Marakanã — agora faz parte do pacote de 62 bens públicos que poderão ser leiloados para ajudar o estado a amortizar dívidas com a União, que somam R$ 12,3 bi e precisam ser pagas em 2026, no âmbito do programa federal de reestruturação.
A lista foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj.
A inclusão do Maracanã foi feita a pedido do presidente da CCJ, Rodrigo Amorim, do União Brasil. O estádio não estava na primeira lista de 48 imóveis encaminhada pelo governo.
A proposta deve ir nas próximas para a votação no plenário, onde ainda pode receber novas emendas para incluir ou retirar endereços da lista.
A inclusão ocorre num momento em que o Maracanã já vinha sendo observado pelo governo estadual como um ativo com potencial de exploração econômica.
Nas últimas semanas, a Casa Civil iniciou estudos para a possível venda dos naming rights do estádio — uma medida que permitiria ao consórcio formado pelo Flamengo e pelo Fluminense, que tem a concessão do estádio, negociar a marca e gerar receitas adicionais.
Segundo Amorim, cada partida realizada no estádio custa em média R$ 1 milhão ao Executivo.
Entre os clubes do Rio, Flamengo e Fluminense seriam os possíveis interessados.
O próprio Flamengo vem se movimentando para ter um estádio próprio. A gestão passada do clube comprou um terreno no Gasômetro, no Centro do Rio, para erguer uma nova arena, mas o projeto esfriou com a chegada do novo presidente do time no início do ano.
Além do Maracanã, outros 29 imóveis foram incluídos na lista de possíveis vendas, entre os quais diversos prédios da Universidade Estadual do Rio. E outros 16 imóveis foram retirados.