Mercado de escritórios em Manhattan pode ter melhor ano desde 2000

Mercado de escritórios em Manhattan pode ter melhor ano desde 2000
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Depois de enfrentar um inverno prolongado ao longo dos últimos anos pelos efeitos da pandemia, o mercado de escritórios em Manhattan está florescendo nesta primavera.

Abril teve uma locação de 314 mil metros quadrados de espaços comerciais, um crescimento de 23% na comparação ano a ano.

Se seguir nesse ritmo, a ocupação em 2025 pode ser a melhor desde 2000, conforme apontou o site Real Deal.

A recuperação acelerada tem sido puxada por uma combinação de fatores, como a baixa oferta de produtos, que gera uma corrida pelo que está disponível, as renovações de contratos e um movimento ainda em curso de volta aos escritórios.

As taxas de trabalho presencial em Manhattan chegaram a 76% dos níveis pré-pandêmicos, segundo a consultoria Partnership for New York City.

Os cinco maiores contratos de abril foram fechados por novos inquilinos, reforçando a retomada do trabalho presencial pelas companhias.

Encabeçando a lista, a Amazon abocanhou mais 30 mil metros quadrados de escritórios na ilha, entre locação e a aquisição de uma laje corporativa na Quinta Avenida.

A gigante do ecommerce havia anunciado que, a partir de janeiro deste ano, todos os seus funcionários deveriam retornar ao escritório.

A decisão também valeu para a operação em São Paulo, onde a empresa escolheu um edifício da Kinea em Pinheiros para receber seu time. O próximo endereço terá o dobro do espaço da atual sede da Amazon, que hoje ocupa uma torre do Complexo JK, na Av. Juscelino Kubitschek.

Em Manhattan, dados da consultoria imobiliária Savills apontam que a ilha encerrou o primeiro trimestre com 11,2 milhões de m² locados, o resultado mais expressivo para o período desde 2019.

Mas uma possível barreira a esse reaquecimento é Donald Trump. As tarifas recentes impostas pelo presidente americano podem trazer uma nova frente fria para o setor.

O principal impacto pode ser a queda da disponibilidade de novos edifícios, com o mercado mais reticente diante do custo do dinheiro para financiar projetos futuros.

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