O catch up da Syn para o seu portfólio de shoppings

O catch up da Syn para o seu portfólio de shoppings
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A Syn Prop & Tech – antiga Cyrela Commercial Properties – vai reformar quatro dos seus shoppings para adaptá-los às mudanças de perfil de consumo do pós-pandemia.

O investimento estimado é de R$ 62 milhões e contempla três ativos em São Paulo – o Cidade São Paulo, o Grand Plaza e o Tietê Plaza – e um no Rio, o Metropolitano.

“Nós saímos da pandemia com uma boa performance, e o próximo passo era fazer um catch up do que não pudemos investir nos últimos anos,” Thiago Muramatsu, o CEO da Syn Prop & Tech, disse ao Metro Quadrado.

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O aporte segue um movimento do setor de repensar sua estrutura depois de anos com ativos que remontam à ideia de grandes caixas de consumo. 

“Hoje o shopping precisa ser um ambiente mais de entretenimento, que seja aberto e com uma ambientação menos claustrofóbica,” diz o consultor Luiz Roberto Marinho, da Gouvêa Malls.

As reformas também refletem uma tendência do mercado de preferir melhorias nos ativos que já estão em operação a construir novos shoppings, dado o alto custo de capital.

A Multiplan, por exemplo, disse que vai esperar a eleição de 2026 antes de voltar a lançar projetos greenfield ou fazer aquisições. Por ora, a empresa vai focar na expansão dos shoppings existentes, cujo retorno é maior dado que os terrenos já estão pagos.

O investimento nos quatro ativos da Syn será faseado, com a previsão de fim das obras entre 10 e 12 meses. A primeira etapa será entregue até dezembro deste ano. 

O Grand Plaza Shopping, no ABC Paulista, receberá o maior aporte, de aproximadamente R$ 23 milhões, em um projeto de revitalização da fachada, da praça de alimentação e de áreas comuns.

Parte do investimento em Santo André se deve ao adensamento urbano da região: até 2027, mais de 8 mil novas unidades residenciais devem ser entregues no entorno.

O apetite também vem do aumento no consumo de marcas premium na unidade. 

Recentemente, o empreendimento reformulou um de seus corredores, dedicando o espaço a lojas de tíquete médio mais alto. “Queremos capturar essa parcela de clientes de maior poder aquisitivo, que passou a frequentar o shopping,” diz Ricardo Loducca, diretor de vendas e marketing da Syn.

No coração da Av. Paulista, o Cidade São Paulo terá um orçamento de R$ 22,5 milhões, com foco na reformulação das áreas comuns para eventos e ativações de marcas. 

Já o Tietê Plaza e o Metropolitano receberão, cada um, cerca de R$ 8 milhões para modificações de áreas e reformas. “Shopping é um ativo que naturalmente vai se desgastando com o passar do tempo e precisa desse tipo de investimento,” disse Muramatso.

Na carteira de shoppings da Syn, as vendas cresceram 9,3% no segundo tri sobre o primeiro; no semestre, avançaram 6%. O portfólio hoje representa 70% da receita da empresa.

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