Os cinco FIIs mais negociados de 2025, segundo a B3

Os cinco FIIs mais negociados de 2025, segundo a B3
|

Os cinco FIIs mais negociados em 2025 somaram cerca de R$ 45 milhões em volume transacionado por dia no ano até outubro, segundo a B3.

O montante representa 15% dos R$ 300 milhões negociados por dia por todos os fundos imobiliários listados neste ano.

Os destaques vão de fundos listados há pouco mais de um ano até veículos tradicionais com base ampla de cotistas. 

“Os FIIs alcançaram um novo patamar de maturidade no Brasil em 2025: deixaram de ser apenas instrumentos de renda e passaram a integrar de forma estratégica o portfólio do investidor. Esse movimento deve se aprofundar,” Marcos Skistymas, o diretor de produtos da B3, disse ao Metro Quadrado.

Confira a lista dos cinco FIIs mais negociados em 2025:

1 – CPLG11 (R$ 10,3 milhões/dia)

Lançado em outubro de 2024, o CPLG11 chegou ao topo do ranking da B3 em apenas um ano de vida. 

O fundo investe em galpões logísticos e mira renda recorrente com contratos de locação de longo prazo. 

Apesar da liderança no ranking, o volume do CPLG11 não reflete, por ora, um movimento orgânico de liquidez.

O fundo nasceu com uma base de cotistas altamente concentrada — formada por veículos e sócios da própria Capitania — e o volume diário registrado decorre principalmente de realocações internas entre esses fundos.

2 — MXRF11 (R$ 9,5 milhões/dia)

Criado há 13 anos, o  MXRF11 opera um modelo híbrido com exposição a CRIs, FIIs e outros títulos imobiliários. 

Com mais de 1,3 milhão de cotistas, o fundo é o FII com a maior base de investidores da bolsa.

“Essa ampla base de cotistas naturalmente gera profundidade de mercado e forte liquidez diária,” disse André Masetti, o head de fundos estruturados da XP Asset.

3 — XPML11 (R$ 8,9 milhões/dia)

O XPML11 se consolidou como um dos maiores FIIs de tijolo da bolsa, com participações em shoppings de alto padrão como Catarina Fashion Outlet, Pátio Higienópolis, Shopping Cidade Jardim e Shopping Cidade São Paulo.

De acordo com a XP, a média diária do fundo pode chegar a R$ 15 milhões dependendo do período analisado. Além disso, a XP Asset realizou 19 aquisições e mais de 10 vendas nos últimos 18 meses.

“Esse movimento constante na carteira contribui para a manutenção de um dividendo por cota atrativo, o que amplia o interesse de novos investidores,” disse Pedro Carraz, o sócio da XP Asset responsável pela vertical de real estate da gestora.

4 — CPUR11 (R$ 8,6 milhões/dia)

O CPUR11, listado em novembro de 2024, nasceu com uma base de cotistas concentrada, formada majoritariamente por fundos e sócios da própria Capitania. 

O fundo é classificado como híbrido e investe numa combinação de imóveis físicos e ativos de renda fixa imobiliária, com exposição a segmentos como varejo essencial — incluindo supermercados — e saúde.

Assim como no CPLG11, esse volume é resultado de realocações internas entre fundos, e não de uma liquidez natural.

5 — HGLG11 (R$ 7,6 milhões/dia)

O fundo focado em galpões logísticos e ativos industriais distribuídos em diferentes estados – com estratégia baseada na aquisição, construção e locação desses imóveis – passou da 10ª posição em 2024 para o 5º lugar no ranking da B3. 

Segundo Rodrigo Abbud, sócio e head de real estate do Patria, o porte do fundo influencia diretamente sua negociação em bolsa. 

“À medida que o fundo aumenta de porte, o comportamento acaba sendo menos defensivo, então ele cai menos, negocia mais e atrai a atenção de investidores mais sofisticados, mais institucionais. Isso aumenta o volume de negociação,” disse ele.

Siga o Metro Quadrado no Instagram

Seguir