Por que a Bridgestone trocou três galpões por um novo CD em Mauá

A Bridgestone do Brasil está concentrando sua operação logística em um condomínio de pouco mais de 116 mil metros quadrados desenvolvido pela Golgi em Mauá, na região do ABC paulista e dentro do raio 30 da cidade de São Paulo.
A locação foi a maior do segundo trimestre para condomínios de alto padrão, segundo dados da Buildings. Esse também será o maior centro de distribuição na operação West da fabricante de pneus japonesa, que inclui a Europa e as Américas.
Antes de alugar o espaço, que foi entregue pela Golgi no final do ano passado, a Bridgestone dividia o estoque entre três outros galpões em SP.
Um deles também fica em Mauá, mas tem um tamanho menor, de 47 mil m². Os outros dois estão localizados em Cajamar e Cotia, outras duas cidades da região metropolitana de São Paulo.
A troca de três locações menores por um condomínio maior foi feita para otimizar a operação logística.
“As operações anteriores foram movimentações táticas importantes no passado, mas, pensando no longo prazo, esse CD tem uma capacidade maior de armazenagem e operacional que diminui o tempo de carregamento e distribuição para nossos clientes,” Lafaiete Oliveira, o country manager da Bridgestone no Brasil, disse ao Metro Quadrado.
Já a opção por concentrar a operação em Mauá se deu pela proximidade com uma das duas fábricas da empresa no Brasil — em Santo André, também na região do ABC paulista. A outra planta fica em Salvador, onde também há um CD da companhia.
Além disso, há a proximidade com um importante eixo viário que facilita o escoamento dos produtos.
“Estamos exatamente no ponto de saída do Rodoanel, que conecta com todas as rodovias e é um posicionamento estratégico que nos ajuda na competitividade.”
Outro fator que pesou na decisão da empresa foi a otimização dos gastos da empresa com a logística.
A Bridgestone não abre os valores de locação, mas a média das locações e pré-locações desde 2023 em Mauá foi de R$ 27,41, acima dos R$ 24 em Cotia e dos R$ 25,25 em Cajamar, ainda de acordo com os dados da Buildings.
No entanto, segundo Oliveira, a conta considera uma melhor relação de custo para a distribuição dos produtos da Bridgestone no Sudeste e no Sul, que são os principais mercados consumidores do produto, e outras regiões que a companhia quer alcançar.
O novo CD, batizado de Alenza em homenagem à linha de pneus para carros de alta potência e SUVs da companhia, foi inaugurado na semana passada.
A operação em Cajamar deve ser encerrada até setembro, enquanto as outras duas passarão por um processo de transição de acordo com o prazo de vencimento dos contratos.