O último terreno da orla da Barra vai virar um residencial high-end

Um terreno de 30 mil metros quadrados na orla da Barra da Tijuca vai ser transformado em um residencial de altíssimo padrão.
O condomínio da Tegra será erguido naquele que era o último grande espaço disponível à beira-mar na disputada Avenida Lúcio Costa, na zona oeste do Rio.
Para desenvolver o projeto, a incorporadora contratou o escritório italiano Lissoni & Partners, que também assina outros dez empreendimentos da casa.
“Não é apenas um selo (do arquiteto). Nós estamos fazendo o projeto do início ao fim, com tudo escolhido por eles,” Felipe Shalders, o diretor de incorporação da Tegra, disse ao Metro Quadrado.
O RIIO by Piero Lissoni terá nove torres residenciais com 132 unidades, divididas em apartamentos de 262 m² até 1.042 m² — no caso das coberturas.
O VGV estimado do empreendimento é de R$ 1,8 bilhão.
A propriedade foi adquirida em 2023 pela Tegra e pela São José por R$ 370 milhões, em uma transação apontada como o maior deal imobiliário do século na cidade. Em janeiro de 2024, a Tegra divulgou ter adquirido o controle do imóvel.
Até então, o terreno fazia parte do portfólio do empresário Aloysio Andrade Faria, herdeiro do fundador do antigo Banco Real.
Depois da morte de Aloysio em 2020, a propriedade foi colocada à venda pelas herdeiras, que organizaram um bid entre interessados para obter a melhor oferta. “Eu mesmo já tentei comprar esse terreno muitas vezes antes, mas elas não queria vender,” disse Felipe.
Com a limitação geográfica e a escassez de áreas disponíveis para esse tipo de projeto na região, a expectativa da Tegra é alcançar um sold out antes mesmo da entrega do condomínio, prevista para o início de 2029. “Fizemos um road show com o mercado para apresentar o projeto. Pretendemos vender 50 unidades antes mesmo do lançamento,” disse o executivo.
Com o mercado imobiliário de luxo competindo com a renda fixa em tempos de juros altos, Felipe diz que, para atrair compradores, a incorporadora deve adotar um modelo de pagamento flexível e adaptável a cada cliente.
“No alto padrão, o comprador não quer entrar em financiamento. Às vezes ele prefere quitar antes da entrega vendendo um ativo ou liquidando um fundo. Nós acreditamos que teremos uma arrecadação bem agressiva – para isso, teremos vários modelos,” disse.