Uliving vai operar prédios de terceiros para moradia estudantil

Uliving vai operar prédios de terceiros para moradia estudantil
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A Uliving, a investida do Patria no segmento de moradia estudantil, vai começar a gerir prédios de terceiros para ampliar o seu portfólio de residências.

A nova vertical da empresa, até então focada na gestão de edifícios próprios, se aproxima do que já ocorre no short stay, no qual marcas costumam fechar parcerias com incorporadoras desde a construção dos edifícios para depois operar as unidades.

11 19 Ewerton Camarano ok“O segmento estudantil já tem um tamanho importante que nos permite falar de um outro ponto de negociação e não de um modelo a ser testado,” o CEO Ewerton Camarano disse ao Metro Quadrado.

O novo formato ajuda a empresa a expandir a operação sem disputar terrenos cada vez mais escassos nas áreas universitárias das cidades e sem assumir o custo dos retrofits, que ficaram mais caros e demorados nos centros urbanos.

A iniciativa também permite que a Uliving entre em cidades onde companhias locais já têm relacionamento e leitura das áreas próximas às universidades.

São os casos de Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, onde conversas iniciais sobre o modelo começaram.

Também estão em negociação novas unidades em Campinas e Porto Alegre, praças consolidadas no segmento estudantil – onde a Uliving já atua.

Além dessas duas cidades, a empresa também está presente em São Paulo e no Rio de Janeiro, com um total de 2,2 mil leitos, espalhados por oito unidades – cinco delas retrofitadas.

Com ajuda do novo modelo, a empresa quer dobrar o número de leitos em até cinco anos, o que pode significar cinco prédios a mais no portfólio.

A taxa média de ocupação é de 85%, e a companhia projeta fechar 2025 com faturamento de R$ 51,4 milhões, alta de 34% sobre o ano anterior.

“Esse é o momento mais oportuno para a expansão, porque temos o know-how mais desenvolvido, os KPIs mais estáveis e também sabemos como fazer nas diferentes praças,” disse Ewerton.

A entrada nesse novo formato não encerra as aquisições próprias. 

A companhia seguirá em um modelo híbrido, combinando as duas operações, mas mantendo uma regra central: os imóveis precisam ser totalmente exclusivos para estudantes.

Assim como os prédios do portfólio atual, os novos precisarão ter espaço suficiente para abrigar sala de estudos, coworking, cozinha, lavanderia, espaços de lazer, academia e espaços ao ar livre – áreas que podem ter a escala adaptada de acordo com o empreendimento, projeto, região em que se encontra e público-alvo.

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