Engenhão, Central do Brasil, rodoviária: o que o RJ ainda pode vender

O pacote de imóveis que o governo do Rio de Janeiro poderá vender ficou mais pesado.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj incluiu 13 novos ativos no projeto que autoriza o estado a alienar bens públicos para abater a dívida de R$ 12,3 bi com a União – que precisa ser paga em 2026, no âmbito do programa federal de reestruturação.
Entre esses novos imóveis estão o Estádio Olímpico Nilton Santos (Engenhão), a Central do Brasil e a Rodoviária Novo Rio. Com as adições, a lista passou a reunir 75 ativos.
O Engenhão, assim chamado por estar localizado no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, é administrado pelo Botafogo desde 2007, por meio de concessão.
A negociação de renovação para estender a concessão até 2051 chegou a ser anunciada em 2021, mas foi depois cancelada, e uma nova licitação deverá ser realizada em 2031.
O Engenhão e os demais ativos estão se juntando a uma lista que já conta desde outubro com o Maracanã, que ainda passará por uma audiência pública paralela ao trâmite do projeto.
Ninguém ainda manifestou publicamente o interesse de comprar o Maracanã, mas o presidente da CCJ da Alerj, Rodrigo Amorim (União Brasil), disse que a ideia de incluir o estádio na lista nasceu numa conversa entre parlamentares e Luiz Eduardo Baptista, o presidente do Flamengo, que divide a concessão do estádio com o Fluminense.
A gestão anterior do Flamengo chegou a comprar um terreno na região do Gasômetro para construir um estádio próprio, mas o plano esfriou depois que Baptista assumiu o clube, no início do ano.
O parecer final com a lista de 75 imóveis foi aprovado na CCJ da Alerj com um placar apertado, de 4 a 3, e o projeto agora segue para análise no plenário, onde os deputados poderão propor novas alterações antes da decisão final.







