Gestora de Brasília cria FII focado no MCMV

Gestora de Brasília cria FII focado no MCMV
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A bonança em que vive o mercado do Minha Casa Minha Vida motivou uma gestora de Brasília a criar um fundo imobiliário dedicado a investir exclusivamente em projetos para o programa habitacional.

Batizado de BRM Minha Casa Minha Vida (MCMV11), o FII da BRM Asset está em oferta para captar até R$ 312,5 milhões e tem um pipeline de cerca de 25 empreendimentos.

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“O segmento econômico vive o melhor momento da história e o ciclo é curto, com vendas fortes e financiado pela Caixa desde o início, o que reduz riscos relevantes,” Pedro Fernandes, co-fundador e CEO da BRM Asset, disse ao Metro Quadrado.

Das incorporadoras listadas, as que mais cresceram o lucro nos últimos cinco anos foram as que atuam no MCMV — Cury, Direcional e Plano&Plano –, ele disse.

Por outro lado, as ações também subiram bastante no período. As três empresas citadas acumulam altas de 82% a 93% neste ano, o que encarece o ponto de entrada para os investidores.

Por isso, a asset apostou no lançamento de um produto que permite ao investidor ser sócio direto dos empreendimentos.

A estrutura do FII prevê o investimento tanto em terrenos para permuta com as incorporadoras quanto em participações diretas nos projetos com um retorno preferencial para o fundo. 

A TIR alvo do MCMV11, que terá um prazo de duração de cinco anos, é de 20,5% e 22% ao ano para cada subclasse de cotas.

Para atingir essas taxas, a asset está apostando em projetos em dois mercados que conhece bem.

O primeiro é o Centro-Oeste — onde surgiu o grupo do qual a gestora faz parte, o Beiramar, nos anos 1980. O segundo é Santa Catarina, onde a asset também já investe.

“O Centro-Oeste é a região que mais cresceu nos últimos anos no Brasil, enquanto Santa Catarina é um estado pujante na indústria, turismo e agronegócio.”

O fundo pretende coinvestir com até 10 incorporadoras parceiras com as quais já fez negócios no passado, incluindo a EBM — uma investida da Cyrela — e a Vila Brasil, do Grupo Mauá. 

“Pelo tempo que estamos no mercado, conhecemos profundamente os players. No último ciclo, por exemplo, investimos em mais de 20 projetos, incluindo empreendimentos do MCMV.”

O pipeline do fundo tem um VGV a lançar de cerca de R$ 1,8 bilhão.

A oferta do MCMV11 é coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual e Oriz Assessoria. Voltada a investidores qualificados, a emissão prevê uma trava de três anos para negociação das cotas em bolsa.

“O lock-up garante a estabilidade da cota nesse período e há também a perspectiva de investidores âncora para reforçar a segurança da estrutura,” disse o CEO da BRM Asset.

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