ZL lidera ranking de novos condomínios em SP

A Zona Leste de São Paulo deve ser a região da cidade a receber o maior número de novos condomínios no ano.
A ZL responde por 29% dos 708 condomínios que devem ser instalados em 2025, superando os 28% projetados para a Zona Oeste e os 25% na Zona Sul.
Os dados são de um levantamento do Data Lello — núcleo de inteligência de dados da administradora homônima de condomínios.
Um dos fatores por trás da liderança da região nas projeções é a atratividade para o mercado econômico e voltado ao programa Minha Casa Minha Vida.
“Há terrenos maiores e, por consequência, mais espaço para esse tipo de empreendimento,” Angélica Arbex, a diretora de marketing da Lello Condomínios, disse ao Metro Quadrado.
A Prefeitura abriu recentemente uma consulta pública para o PIU Arco Leste, um projeto que prevê investimentos em infraestrutura para atrair mais incorporadores para explorar terrenos baratos em áreas menos desenvolvidas da região.
Se sair do papel, o PIU pode fomentar ainda mais a verticalização da ZL, que ocupa o segundo lugar no ranking que considera os 32 mil condomínios já existentes na capital paulista, com 23% do total.
A líder é a Zona Sul, com 39%. O Centro registra 16% e aparece na terceira colocação, enquanto a Zona Oeste tem 14% e a Zona Norte fica na lanterna com 8% do total.
A ZN é uma área menos verticalizada da cidade e deve receber cerca de 13% dos novos condomínios previstos para este ano.
Conhecida por abrigar boa parte do Parque Estadual da Cantareira — uma das maiores áreas de mata tropical nativa do mundo — a região tem um dos menores índices de densidade demográfica de SP.
Já o Centro passa por um processo de retomada residencial por meio de retrofits. Mas o movimento ainda está engrenando e a Zona Central deve receber apenas 5% dos condomínios entregues neste ano.
Na divisão de novos condomínios por segmento, os empreendimentos de médio baixo padrão, compactos e do Minha Casa Minha Vida lideram o ranking com folga e respondem por quase 75% do total previsto para 2025.
Ainda assim, há um avanço dos mercados de luxo e super luxo — com imóveis que superam os R$ 2 milhões e R$ 4 milhões, respectivamente.
As duas categorias devem responder por cerca de 13% dos novos condomínios neste ano, quase dobrando os 7% registrados nos dois anos anteriores.
“Numa cidade como São Paulo é um desafio encontrar terrenos nos bairros mais desejados para esses segmentos, então chama a atenção a aceleração desses tipos de empreendimentos,” disse a diretora da Lello.