Em um dia de alta do Ibovespa, a Direcional registrou um dos maiores ganhos do índice e teve a maior valorização do setor na Bolsa.

O avanço ocorreu após o segundo tri da empresa agradar os investidores. A ação fechou em alta de 4,03%.

A incorporadora encerrou o segundo tri com lucro líquido de R$ 183,7 milhões, crescimento de 25,7% ante igual período de 2024, além de um ROE de 34%, aumento de 10 p.p. em 12 meses.

O resultado foi puxado por um crescimento de 16,4% no VGV; com isso, os lançamentos chegaram a R$ 1,4 bilhão. As vendas líquidas subiram 2,9% no período, totalizando R$ 1,3 bilhão.

Bruno Mendonça, líder de research do Bradesco BBI, diz que o desempenho das ações reflete principalmente a melhora nas margens da Direcional e também o aumento do backlog  –  o estoque já vendido, mas não entregue.

No último tri, a margem bruta da Direcional avançou 0,2 p.p. ante o tri anterior, para 41,7%, e a margem REF – que leva em consideração a receita que ainda será apropriada – subiu 0,8 p.p., para 44,9%. 

“No fim do dia, dá a segurança de que há uma pista para manter essa tendência positiva de crescimento para os próximos semestres,” disse ele.

A receita líquida foi de R$ 1,6 bilhão no segundo tri, avanço anual de 26,2%, enquanto o Ebitda ajustado da Direcional cresceu 32,6% e somou R$ 274,4 milhões.

Diante do resultado, o time de real estate do BTG manteve a avaliação positiva para a incorporadora e reiterou a recomendação de compra dos papéis da Direcional.

Para os analistas do banco, o lançamento da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida foi responsável por puxar o desempenho positivo da incorporadora.

“Acreditamos que a companhia está bem posicionada para aproveitar o forte momento do MCMV, com operações em expansão e margens crescentes,” escreveu o time de analistas.

O Santander destacou que os resultados apresentados no segundo trimestre vêm em linha com as recomendações e se devem, em grande parte, aos novos lançamentos e à eficiência operacional.