Cury estima ampliar lançamentos em 2026 para até R$ 9,5 bi

Cury estima ampliar lançamentos em 2026 para até R$ 9,5 bi
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O pipeline de lançamentos da Cury deve ficar entre R$ 9 bilhões a R$ 9,5 bilhões em VGV no próximo ano.

A estimativa está em um relatório feito pelo Santander após um encontro com o CFO João Mazzuco e o diretor de RI Ronaldo Cury e representa alta de até 11,8% ante os R$ 8,5 bilhões estimados pelo banco para este ano.

Esse cenário leva em conta o desempenho das vendas da companhia nos últimos meses, com R$ 6,2 bilhões comercializados entre janeiro e setembro — 30,7% a mais do que no mesmo período de 2024.

A gestão disse que o mês de setembro foi o melhor do ano neste quesito e que o quarto trimestre deve registrar indicadores sólidos, mas com um foco maior nas vendas de estoque do que de unidades novas,  como parte da estratégia para concentrar os lançamentos no primeiro semestre.

A Cury avalia que está entrando em uma fase “mais madura de crescimento”, e os resultados mais relevantes devem aparecer principalmente nas linhas financeiras e não nos indicadores operacionais.

O Santander espera que os lançamentos ainda devem crescer pelo menos até 2027, mas não no nível robusto como o de 2018-25.

“O foco estará em traduzir o forte crescimento observado neste período em receitas, margens e geração de caixa,” escreveu o banco.

Outra prioridade da Cury é manter a geração de caixa — que já soma R$ 513 milhões em doze meses — em níveis elevados, buscando uma disciplina na alocação de capital e uma gestão enxuta do estoque.

Com essa geração de caixa, a companhia tem o potencial para pagar até R$ 200 milhões em dividendos extraordinários ainda neste ano caso decida antecipar proventos para evitar a possível taxação dos rendimentos a partir de 2026.

A Câmara dos Deputados já aprovou um projeto de lei para cobrar uma alíquota de 10% de Imposto de Renda sobre os lucros e dividendos acima de R$ 50 mil mensais, mas a proposta ainda será analisada pelo Senado.

Outras companhias também estudam antecipar os proventos — o Santander espera que a Direcional, por exemplo, siga esse caminho —, mas o CFO da Cury diz que a incorporadora vai esperar uma decisão final sobre a interpretação da lei antes de tomar qualquer medida.

Caso o pagamento dos dividendos seja diluído ao longo dos anos, o Santander estima que o potencial da distribuição é de até R$ 500 milhões.

O banco recomenda compra para as ações da Cury, com preço-alvo de R$ 44 por papel — um possível upside de 30% ante o fechamento de ontem.

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