Setin e Valora compram terreno no Ibirapuera para projeto de alta renda

Setin e Valora compram terreno no Ibirapuera para projeto de alta renda
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A incorporadora Setin se aliou à gestora imobiliária Valora para erguer um residencial de alto padrão no meio do caminho entre o Parque do Ibirapuera e a Avenida Paulista.

A dupla acaba de acertar a compra de um terreno na esquina das ruas Manoel de Nóbrega e Tutóia, um investimento de R$ 80 milhões – parte em cash da Setin e parte em crédito concedido pela gestora.

Esta não é a primeira vez que Setin e Valora se juntam para um empreendimento perto do parque. No ano passado, num modelo parecido de aquisição de terreno, lançaram o Ibiatã, na Rua Sampaio Viana, que está em construção e, segundo a incorporadora, com 60% das unidades vendidas.

O novo terreno hoje é ocupado por comércios de dois a três pavimentos, como uma pizzaria, uma oficina de carros, uma oficina de conserto de bolsas, além de escritórios.

A Setin ainda quer comprar mais algumas casas no entorno para fechar o perímetro do empreendimento, aumentando a área total para 2,8 mil metros quadrados.

Para elevar o potencial construtivo de 1 para 6 vezes, a Setin desembolsou mais R$ 20 milhões em outorga à Prefeitura.

O novo prédio será o terceiro da linha Alma Brasileira, um selo criado pela Setin para avançar no alto padrão.

Fundada em 1979 para a construção de casas populares, a Setin entrou em 1985 no mercado de residenciais para as classes média e alta. (Com a Selic onde está, o foco agora tem sido na alta.)

“É o que o mercado está impondo,” o fundador Antonio Setin disse ao Metro Quadrado.

Antonio Setin ok

O empresário disse que a linha Alma Brasileira busca se contrapor, com toques de brasilidade, à estética de prédios espelhados que vem do exterior.

“Gostamos de ter elementos como a parede com textura de barro, o lustre com fibra e um paisagismo com plantas brasileiras,” disse Setin.

Os detalhes do projeto, por enquanto sem nome, ainda estão sendo definidos, mas a tendência é que o prédio tenha 30 andares, com um apartamento de 350 metros quadrados por andar.

A expectativa é que cada unidade seja vendida por cerca de R$ 9,5 milhões – tornando este o empreendimento da linha Alma Brasileira com o tíquete mais elevado.

O primeiro da linha foi o próprio Ibiatã, projetado pelo escritório LE Arquitetos, com dois apartamentos por andar, entre 180 m² e 220 m².

O segundo, uma parceria com a RBR Asset, será erguido no Itaim, entre a Joaquim Floriano e a Bandeira Paulista, com arquitetura do aflalo/gasperini.

O lançamento está previsto para o segundo semestre. O VGV estimado é de R$ 350 milhões. Serão dois apartamentos por andar, de 210 m² cada, somando 46 unidades.

Já o novo empreendimento deve ser lançado apenas em 2026.

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