Woba faz rodada para crescer seu marketplace de escritórios

Woba faz rodada para crescer seu marketplace de escritórios
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A Woba — um marketplace de coworkings e espaços de trabalho — acaba de levantar uma rodada para acelerar a consolidação de um mercado que aqueceu recentemente, com a volta de cada vez mais empresas para o presencial.

A startup levantou US$ 13 milhões (cerca de R$ 71 milhões ao câmbio de hoje) numa Série B liderada pela Bewater — a gestora de Carlos Degas Filgueiras, o ex-CEO e sócio da DeVry/Adtalem; Fabio Armaganijan, um ex-COO da Kraft Heinz; e Guilherme Weege, o controlador do Grupo Malwee.

A captação foi acompanhada pela Kaszek Ventures e Valor Capital, que já haviam investido na Série A da Woba, e teve a participação do Citrino, o family office dos Ermírio de Moraes, e da Endeavor, por meio de seus fundos Catalyst e Scale-Up.

A última rodada da Woba havia sido em 2021, quando a startup ainda se chamava Beer or Coffee. Na época, ela levantou outros US$ 10 milhões

A fundadora Roberta Vasconcellos disse ao Metro Quadrado que decidiu captar de novo para aproveitar o bom momento do mercado e consolidar sua posição de liderança.

“Parte do investimento vai para a expansão comercial, tanto da nossa base de clientes quanto da oferta de espaços, com novos tipos de ativos,” disse Roberta. “Outra prioridade vai ser investir mais em inteligência artificial.”

Roberta Vasconcellos

A Woba tem 2.500 propriedades cadastradas, a maior parte delas coworkings. Mas a companhia opera também com o que chama de “escritórios flexíveis” (espaços exclusivos para uma empresa, que em geral são operados também por donos de coworkings), e com salas de reunião e espaços para eventos corporativos. 

Um dos planos com a rodada é atrair para a plataforma mais proprietários de lajes, como fundos imobiliários, que podem cadastrar seu inventário completo.

Fundada em 2017, a Woba atende desde empresas enterprise, que respondem por 70% da receita, até startups. Um dos maiores cases é o da Cielo, que passou a usar a Woba para sua expansão fora de São Paulo. Hoje a companhia de pagamentos aluga 108 escritórios na plataforma, além de usar espaços de eventos e salas de reunião. 

“Para eles é muito prático porque centralizamos tudo num único lugar. Em vez deles terem 108 contratos de aluguel, 108 contratos de limpeza, e 108 contratos de internet, eles têm um único contrato com a gente,” disse Roberta. 

A Woba atende ainda o Itaú e a XP, que também usam a plataforma para suas operações fora de São Paulo. 

A Woba não abre seu faturamento, mas diz que o top line cresceu 135% no ano passado e que a expectativa é manter o ritmo este ano. 

A startup é um SaaS-enabled marketplace: recebe um fee fixo mensal das empresas pelo uso do software, mas também ganha no modelo de marketplace, que lembra o do Wellhub. 

As empresas compram créditos mensais, e toda vez que o funcionário usa algum espaço, estes créditos são descontados. Assim como o Wellhub, ela repassa parte desse valor para os parceiros, com o montante variando dependendo do perfil do espaço.

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